Arcebispo Desmond Tutu apoiou a nomeação do prisioneiro político palestino, Marwan Barghouthi, para o prêmio Nobel da Paz.
Na carta de nomeação enviada pelo Arcebispo Emérito ao Comitê Norueguês do Nobel, ele disse: “Decidi apoiar esta campanha junto com outros sete premiados do Prêmio Nobel como uma reflexão sobre nossa crença na liberdade como o único caminho para a paz… espero que o Comitê do Nobel tome a ousada decisão de nos aproximarmos neste dia desta terra sagrada, carregada com seu valor simbólico único, e possa parar de ser um testemunho vivo de injustiça e impunidade, ocupação e apartheid, e possa finalmente se tornar em um farol da liberdade, esperança e paz”.
O Arcebispo teve um papel fundamental na luta contra o apartheid na África do Sul, e também foi o primeiro negro Arcebispo Sul Africano da Cidade do Cabo e Primaz da Igreja Anglicana da África do Sul.
Em 1984 ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz em reconhecimento por sua contribuição extraordinária em ajudar a atravessar o abismo entre anglicanos brancos e negros na África do Sul. Ele foi o principal mediador e conciliador na transição para a democracia.
Em 1995 o Presidente Nelson Mandela indicou o Arcebispo como presidente da Comissão da Verdade e Reconciliação, um órgão montado para levar luz às violações dos direitos humanos que aconteceram durante o apartheid.
Apesar de sua vigorosa defesa pela justiça social o tornara em uma figura controversa em algumas regiões, atualmente o Arcebispo é considerado como um ancião estadista mundial com importante papel para a reconciliação.
O Arcebispo Desmond Tutu é um membro do comitê internacional de alto nível da dampanha pela liberdade de Marwan Barghouthi e de todos os prisioneiros palestinos. A campanha foi lançada na cela de Nelson Madela em Robben Island em outubro de 2013 pelo ativista anti-apartheid Ahmed Kathrada.
Publicado em 09/06/2016 no site Anglican Communion News Service.