A liberdade e o papel das comunidades de fé foram os assuntos de um evento cosntrutor de pontes entre acadêmicos cristãos e muçulmanos reunidos no Instituto Ecumênico de Bossey em Genebra, Suíça, na semana de 11 a 15 de junho. O Seminário Anual de Construção de Pontes, agora em seu 18º ano, foi idealizado pelo então Arcebispo de Cantuária em 2002 e foi organizada pelo Conselho Mundial de Igrejas (WCC). O patrocínio foi realizado pela Universidade de Georgetown, Washington DC (EUA), que convida cerca de 30 estudiosos de todo o mundo para participarem.
Um dos presentes foi a Dra. Azza Karam, que é conselheiro sênior sobre o desenvolvimento social e cultural para o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em Nova Iorque, EUA, e também professor na Universidade Vrije de Amsterdã (Holanda). Ela afirmou que a atitude das Nações Unidas com as organizações baseadas na fé mudou nos últimos anos.
A Dra. Karam começou o engajamento das Nações Unidas com organizações baseadas na fé há cerca de 20 anos, quando as agências da ONU pareciam ficar longe do trabalho com elas.
Ela disse: “Nós começamos este trabalho no ano 2000, mas ele decolou em intensivamente em 2007. Então, vejo isto como alguém que viu o pêndulo balançar. Agora nós fomos par o outro extremo… nós tornamos isto em uma feira”.
Ela disse estar preocupada o “fazer religião”, o que ela acredita estar se tornando em um “negócio” na feira.
Apesar de suas críticas concernentes a algumas interações com organizações basadas na fé, a Dra. Karam disse que encontros inter-religiosos precisam “ser valorizados de maneira particular, não apenas por serem religiosos, mas valorizados por serem parte do engajamento cívico”.
Ela disse que os governos, no passado, tendiam a focar em grupos seculares dentro do espaço cívico.
“O que precisa ser valorizado é que nós vemos os atores religiosos como parte daquele espaço, e é importante como continuaremos a nutrir este espaço”, disse ela, “e nós precisamos estar neste espaço cívico”.
Durante a semana, vários estudiosos apresentaram e discutiram questões sobre o tópico da liberdade – entre a humanidade e Deus, diferentes políticas e religiões, convicções pessoais e ordem pública, e entre indivíduos – explorando o papel histórico das comunidades de fé ao abordarem a liberdade.
Texto escrito por Rachel Farmer, publicado em 14/06/2019 no site Anglican Communion News Service.