A possibilidade de ser um cidadão do Reino de Deus

Texto bíblico: Mateus 13.31-32,44

31E Jesus contou outra parábola: ‘O Reino do Céu é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. 32Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E se torna uma árvore, de modo que os pássaros do céu vêm e fazem ninhos em seus ramos’ 44‘O Reino do Céu é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra, e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens, e compra esse campo’.

Reflexão

Esses versículos do Evangelho de Mateus são um complemento daquilo que estamos discutindo nas últimas semanas; tanto é que nessas parábolas Jesus ratifica uma grande verdade: Cada um de nós tem o, inalienável, direito de escolha; mas, como tudo na vida, esse direito de escolha também tem um ônus intransferível: Deveremos assumir, integralmente, todas as consequências das nossas escolhas.

É por conta desse ônus que Jesus continua a usar a licença poética, com imagens e comparações simples, mas muito sugestivas, apresentando a parábola do grão de mostarda e a parábola do tesouro escondido. Pela relevância do conteúdo dessas parábolas, entendo ser necessário dividir nossa breve conversa de hoje em duas partes distintas; faço isso para separarmos os aspectos e questões que convém pôr em relevo para entendermos bem o recado do Senhor para a nossa vida.

E, sem perder tempo, começo com a parábola do grão de mostarda, onde Jesus faz uma comparação que revela como podemos entender que o Reino de Deus se materializa na nossa vida todos os dias. E, como isso acontece? Nas coisas simples, num gesto de amor, de misericórdia e de compaixão que praticamos. Jesus afirmou que o Reino de Deus estaria dentro de nós, nossas emoções, mas, principalmente, nas nossas atitudes que exprimem a presença de Deus em nossos corações. O Reino de Deus não é algo que podemos enxergar, mas podemos sentir e provar que é através dele que o Senhor se faz vivo e pujante em cada um de nós.

Precisamos crescer como uma árvore que possa aninhar outras vidas; e, como a semente, germinar através da transformação que a Palavra de Deus produz em nós. O crescimento que tanto buscamos, só encontraremos quando permitirmos que o Espírito Santo trabalhe na nossa vida, de forma que nós diminuamos para que Jesus cresça mais e mais; pois, só desta forma modificamos nossas atitudes, restauramos o nosso caráter e poderemos acender na qualidade de servos de Deus, de modo que possamos enxergar o Reino de Deus.

Já a parábola do tesouro escondido Jesus fala da expectativa, do projeto, da forma como devemos buscar, incessantemente, adquirir o maior tesouro que está disponível a todos os seres humanos: Participar do Reino de Deus! Um Reino que devemos buscar de todo o nosso coração, para o qual devemos concentrar todas as nossas energias para adquirir o passaporte para nele viver. Um Reino que promete acolhimento para todos aqueles que o buscam incessantemente. Pela alegria que o Reino de Deus proporciona para quem dele torna-se um cidadão, esta busca deve envolver todas as nossas forças, colocar toda nossa capacidade intelectual e as nossas emoções nesta empreitada de fé.

Entretanto, este tesouro tem um preço alto! E o preço que teremos de pagar para tê-lo, nos faz renunciar a tudo e a todos que nos afasta do projeto de Deus, a fim de recebermos D’Ele o tesouro tão sonhado. Como este preço é alto, exige de nós uma capacidade excepcional de abrir mão do que é secundário, para ter o aquilo que nos é prioritário e um dia sonhamos ter: A possibilidade de viver na presença do Senhor eternamente. Precisamos pensar na parábola do tesouro escondido como um objetivo de vida a ser buscado e alcançado; um sonho a ser perseguido com todas as nossas forças, entendimento e, principalmente, a nossa fé. Ilude-se aquele que acredita que pode encontrar sem empregar todo seu ser nesta busca.

Precisamos abrir mão de nós mesmos para honrar a aliança que o Senhor nosso Deus nos propõe. Não há outra forma de conseguir isso, sem que tenhamos de abrir mão dos nossos próprios campos e tesouros. A glória de Deus não pode ser repartida e Ele só concede àqueles que o buscam de todo seu coração, alma e entendimento e que estão dispostos a pagar qualquer que seja o preço, inclusive da sua própria vida, para tê-lo. A glória de Deus vem para aqueles que estão dispostos a fazer, todos os dias a oração que diz: “Amado Deus, pedimos a Tua ajuda e discernimento para que possamos nos candidatar a adquirir as riquezas provenientes da Tua presença na nossa vida. Não permita, oh Senhor, que sejamos cegos ao ponto de perder a possibilidade de nos transformamos em cidadãos do Reino dos Céus, por causa dos nossos medos, da nossa covardia ou acomodação; queremos Senhor fazer diferença onde quer que estejamos. E, oramos sempre em nome do nosso irmão mais velho, o Teu filho amado Jesus Cristo. Amém!

Para Reflexão

  1. Como posso fazer para tornar real a possibilidade de viver na presença de Deus?
  2. O que tenho que fazer para adquirir o passaporte para Reino dos Céus?
  3. Como fazer para buscar viver plenamente, e sem condicionantes, a glória de Deus?