Texto Bíblico: Marcos 1.9-15
9Nesses dias, Jesus chegou de Nazaré da Galileia, e foi batizado por João no rio Jordão. 10Logo que Jesus saiu da água, viu o céu se rasgando, e o Espírito, como pomba, desceu sobre ele. 11E do céu veio uma voz: ‘Tu és o meu Filho amado; em ti encontro o meu agrado’. 12Em seguida o Espírito impeliu Jesus para o deserto. 13E Jesus ficou no deserto durante quarenta dias, e aí era tentado por Satanás. Jesus vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam. 14Depois que João Batista foi preso, Jesus voltou para a Galileia, pregando a Boa Notícia de Deus: 15‘O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e acreditem na Boa Notícia’.
Reflexão
Ontem foi o 1º Domingo da Quaresma e iniciamos um caminho que nos levará até tido aquilo que o Domingo de Páscoa representa por ser o momento de maior importância na nossa fé e onde vamos poder agradecer, de uma forma toda especial, ao nosso bom e terno Deus que fez o nosso irmão Jesus vir ao mundo, tomar sobre Si as nossas dores e transgressões. Agradecer porque Jesus tomou sobre Si a nossa Cruz, subiu o monte do Calvário e morreu por nossos pecados. Mas, não acabou por aí; naquele domingo maravilhoso Jesus, por e com amor, ressuscitou para que todos nós e cada um de nós possa ter vida, mas vida em abundância, abrindo assim, definitivamente, a nossa possibilidade de alcançarmos o coração de Deus.
Ao afirmar “o tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e acreditem na Boa Notícia”, Jesus nos intima, nominalmente, a saímos da nossa zona de conforto e anunciar ao mundo todas as maravilhas que Deus pode, quer e vai fazer na nossa vida daquelas e daqueles que abram o seu coração e deixem o Senhor entrar e tomar posse. Assim, não há como duvidar que “O Reino de Deus está próximo!”. E, diante dessa realidade, Jesus apresenta aos discípulos uma previsão sobre o caminho que Ele deveria percorrer até chegar em Jerusalém e, consequentemente, deparar-se com realidade corrompida de um julgamento, o flagelo aliado à cruz do calvário, meio cujo objetivo seria consolidar a maravilhosa consequência da Sua ressureição, onde foi restaurada, de forma perene, a nossa aliança com Deus.
Por essa razão, hoje estamos aqui para olhar os fatos apresentados e os ensinamentos de Jesus sob um novo prisma; até porque, nas palavras de Jesus, não só nestas que foram relatadas por Marcos, mas todas àquelas reveladas no decorrer do Seu Ministério, encontramos as instruções, através da qual o Senhor procura ajudar os discípulos (e, também a cada um de nós) a ficarem sempre gravitando na órbita do Reino de Deus; pois, somente assim o Senhor poderá realizar em nós e através de nós esse projeto maravilhoso que tem como objetivo maior resgatar vidas e restaurar corações, através das nossas ações e reações e apesar delas.
Ao afirmar: “O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e acreditem na Boa Notícia”, Jesus revela uma pregação direcionada para nossa vida! Uma mensagem que leva em conta a nossa capacidade de crer num mundo diferente, onde as pessoas podem ser transformadas pelo poder intrínseco da Palavra de Deus, agindo conforme o Evangelho que Ele divulgou. O tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo; e, se nós quisermos viver sob a influência da graça e do amor de Deus, precisamos compreender o arrependimento como uma ponte para salvação. Isso porque, não haverá perdão de pecados sem a consciência de nossa condição de pecadores e arrependimento.
Mas, em que consiste o arrependimento? Afirmo, sem pretensão de encerrar o tema, que é a capacidade de reconhecer a nossa limitação, nossa imperfeição em buscar encontrar a Deus; até porque, quando nos arrependemos, verdadeiramente, temos a possibilidade real, outorgada pelo Senhor, de conhecer e reconhecer todas as limitações que nos impedem de viver plenamente os fundamentos insertos no evangelho do Senhor Jesus. Até porque, quando enxergamos os nossos limites é que podemos reconhecer a nossa imperfeição, e constatamos aquilo que Deus deseja: Que sejamos adoradores em espírito e em verdade.
Por isso, digo sem medo de errar que se arrepender é voltar para o Senhor; é, procurar, dia após dia, fazer morrer a natureza que nos afasta D’Ele e diminuir o nosso eu, para que o Senhor cresça em graça, misericórdia e amor; é andar sob a direção da Palavra de Deus, estabelecendo como princípios de nossa vida os ensinamentos de Jesus, de forma que sejamos Seus seguidores, mensageiros da Sua paz e construtores do reino de Deus neste mundo. E, ao entendermos tudo isso eu não tenho dúvida que a nossa oração será: “Senhor querido, ajuda-nos a refazer os nossos conceitos de felicidade, perfeição e, principalmente, a nossa espiritualidade. Perdoa-nos quando limitamos a ação da Tua graça à nossa própria capacidade de compreender e agir conforme a Tua própria vontade. Concede-nos a Tua misericórdia e ajuda-nos a viver em Tua presença. É o que oramos em nome do Teu Filho e nosso irmão Jesus Cristo. Amém!”
Para reflexão
1) Será que consigo, verdadeiramente, reconhecer os benefícios da graça de Deus na minha vida?
2) Como fazer, hoje, aqui e agora, para ficar gravitando na órbita do Reino de Deus?
3) O que fazer para viver plenamente os fundamentos insertos no evangelho do Senhor Jesus?