Texto Bíblico: Marcos 6.30-34
30Os apóstolos se reuniram com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31Havia aí tanta gente que chegava e saía, a tal ponto que Jesus e os discípulos não tinham tempo nem para comer. Então Jesus disse para eles: ‘Vamos sozinhos para algum lugar deserto, para que vocês descansem um pouco’. 32Então foram sozinhos, de barca, para um lugar deserto e afastado. 33Muitas pessoas, porém, os viram partir. Sabendo que eram eles, saíram de todas as cidades, correram na frente, a pé, e chegaram lá antes deles. 34Quando saiu da barca, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão, porque eles estavam como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar muitas coisas para eles.
Reflexão
Diante de tudo o que conversamos na última semana e das constatações de que: (a) o céu não é um lugar de santos; (b) no céu só encontramos um único santo, que é o nosso mano Jesus; e, (c) o céu foi, é e sempre será um lugar repleto de pecadoras e pecadores que foram plenamente restaurados, remidos e perdoados diante da oração que Jesus: “Pai perdoa-os eles não sabem o que fazem;” (Lc 23,34); vou me reservar no direito de iniciar a nossa conversa, sob o prisma de uma breve e superficial análise dos versículos do Evangelho de Marcos descritos acima, ressaltando a nossa necessidade preeminente de repousarmos no Senhor para que possamos, de uma vez por todas, reconhecer que a nossa maior missão é e sempre será: Aplainar, dar manutenção, manter limpo o caminho do Senhor, cuidando de tudo o que foi proposto durante àqueles três anos por Jesus na implementação do Ministério iniciado na Galileia. Essa necessidade deve ser à base da nossa jornada com N’Àquele que nos licencia e nos dirige.
É por isso que hoje a minha convocação é para que, juntos, possamos embarcar de cabeça numa busca, desenfreada, pelo âmago (substantivo masculino que significa o que se encontra situado no centro; a parte mais importante ou principal; a essência) do projeto de Deus para a humanidade. E para isso, devemos ter em mente que os acontecimentos, por Marcos relatados, precederam um momento muito especial da vida do Senhor Jesus (não que os outros não sejam), a multiplicação dos pães e dos peixes; e, por conta disso que Jesus para preparar àqueles mais próximos D’Ele dando um verdadeiro “puxão de orelha”. Vou explicar melhor: Os discípulos tinham sido enviados por Jesus em missão e logram êxito na empreitada delegada pelo Mestre, tanto é que Marcos intitula a ele próprio e aos outros de “apóstolos”, que significa: “enviados”; e, mesmo eles tendo realizado milagres; tendo ensinado, expulsado demônios e feito a diferença nas aldeias que visitaram, mesmo sendo enviados por Deus os discípulos ainda eram incrédulos, não tinham uma fé consolidada, mantinham uma fé parecida com a nossa. Difícil de acreditar né?
Essas ações de Jesus tiveram como mote a necessidade de os discípulos terem a consciência de que para “viver em Deus” é necessário procurar ter como lema de vida que “os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos à sua oração. O meu Deus, segundo as Suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades, em glória!” (I Pe 3,12). É exatamente isso que o Senhor deseja que entendamos hoje, aqui e agora; e, para isso Ele nos concede a possibilidade de restabelecermos, definitiva e plenamente, a nossa aliança com Deus, que releva, definitivamente, todas as nossas limitações e dualidades humanas, além da nossa fé raquítica, fraquinha e imperfeita; e, olha que eu digo isso olhando no espelho.
Mas uma coisa chama a minha atenção neste e em tantos outros textos da bíblia: É a certeza de que Jesus intercede, diuturnamente, por cada um de nós perante o Pai! Eu fico paralisado só de imaginar a cena de Jesus intercedendo junto a Deus por mim, um ser imperfeito cheio de falhas, dúvidas e muitas contradições. Isso é algo inimaginável, surreal e maravilhoso, tudo isso ao mesmo tempo. A cena de Jesus intercedendo por nós junto a Deus por nós e para que o Pai possa nos abonar, revela um amor tão intenso e tão misericordioso que move o coração de Deus para receber a intercessão D’Aquele que é o Senhor do Universo, o Rei dos Reis, o Autor de toda salvação, o Conselheiro Maravilhoso e o Príncipe da Paz; e, que mesmo diante desse contexto interage perante Deus em nosso favor.
Jesus faz isso para que possamos deixar de ser “ovelhas sem pastor”, pessoas perdidas e impelidas de um lado para o outro sem desfrutar da sabedoria, graça e do amor de Deus. Até porque, somos a coroa da criação de Deus, a maior obra do Senhor neste mundo; portanto, a Sua vontade é que possamos provar toda a bondade e misericórdia do nosso Deus. E, essa consciência nos levará a oração que diz: “Querido Deus, somos eternamente gratos pela intercessão de Jesus Cristo por nós, pois ela é que nos faz viver para sempre na Tua presença, desfrutando da Tua infinita misericórdia, envolvidos na Tua bondade e no Teu amor que nos sustenta nas horas que mais precisamos de Ti. E, por isso Te agradecemos em nome de Jesus. Amém!”
Para Reflexão
- Como fazer para aplainar o caminho, dar manutenção, manter limpo e cuidar daquilo proposto por Jesus?
- Onde e como fazer para inserir-me plena e ativamente no âmago do projeto de Deus para a humanidade?
- O que muda nas minhas ações e reações a certeza de que Jesus interage perante Deus em nosso favor?