O nosso alvo deve ser glorificar o pão da vida

Texto Bíblico: João 6.35-41, 43-45, 51

35Jesus disse: ‘Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem acredita em mim nunca mais terá sede. 41As autoridades dos judeus começaram a criticar, porque Jesus tinha dito: ‘Eu sou o pão que desceu do céu’. 43Jesus respondeu: “Parem de criticar. 44Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o atrai, e eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: ‘Todos os homens serão instruídos por Deus’. Todo aquele que escuta o Pai e recebe sua instrução vem a mim. 51E Jesus continuou: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá para sempre. E o pão que eu vou dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha a vida”.

Reflexão

No exato momento em que reconhecemos Jesus como Senhor e Salvador, vamos poder identificar, que Ele e somente Ele é o pão da vida. Mas, não é só isso, devemos N’Ele procurar nos alimentar deste pão que produz o nosso crescimento, de maneira que tenhamos restaurada, de forma plena, a nossa aliança com Deus; pois, é o pão da vida nos concederá forças para mudarmos a nossa forma de ver e viver no mundo e transformar de forma radical e perene o nosso caráter humano, de maneira que a nossa tendência ao erro seja reduzida ao grau mínimo, passando a ser exceção e não regra na nossa vida.

Mesmo sabendo que as palavras por João relatadas, são a expressão da mais pura das verdades quando encontramos e recebemos Jesus como Senhor e salvador nem sempre (ou melhor, quase nunca) temos forças para vencer tudo aquilo que nos assedia e que também nos afasta de Deus. Por isso, o pão da vida deve estar ligado na meditação diária da Palavra de Deus, para que provemos daquilo que vem diretamente da boca do Senhor. É por isso que o apóstolo Pedro nos exorta a viver de uma maneira nova visando buscar o pão da vida que só iremos encontrar nas Escrituras. Precisamos buscar por esse alimento, pois só assim, poderemos encontrar o veio que nos leva a nutrição que tanto precisamos. Até porque se não estivermos sob a influência da Palavra de Deus, seremos influenciados por qualquer fonte de conhecimento, incompleta, enganosa e falsa. Devemos procurar com todo nosso ardor até que nos encontremos face a face com o Senhor Jesus.

Diante deste contexto tenho uma pergunta: Para Deus quanto você vale? Certamente você, fazendo uma breve retrospectiva da sua vida dirá: Eu? Muito! Eu valho tanto que Deus se deu ao trabalho de descer do Seu trono e, através de Jesus, caminhou entre nós, pisou na terra, entendeu as complicações da minha existência e viveu toda a minha ambiguidade; Deus se meteu na minha biografia e percebeu todas as nossas falas; ou seja, Deus se fez humano, veio, ensinou, morreu e ressuscitou por mim. Louvado seja Ele por isso! Mas, será que realmente entendemos tudo que Deus fez por cada um de nós?

Foi para explicar a abrangência da obra de redentora de Deus que Jesus disse: “Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o atrai, e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos Profetas: ‘Todos os homens serão instruídos por Deus’. Todo aquele que escuta o Pai e recebe sua instrução vem a mim”. E, caso você olhe rapidamente para essas palavras, pode até pensar que elas se opõem diretamente à certeza de que cabe a cada pessoa aceitar ou rejeitar Jesus como seu Senhor e Salvador. Mas olha não é bem assim. E, não é bem assim, porque estas palavras de Jesus são bem contundentes e até chegam a ser “ofensivas” às pessoas, exatamente como o foram quando Ele as falou pela primeira vez lá na sinagoga de Cafarnaum. Mas, para que não houvesse nenhum mal entendimento sobre o que queria Jesus queria nos dizer, Ele repetiu tudo outra vez, mudando as palavras só o bastante para tornar claro o significado, e para enfatizar a tentativa de sobreposição da vontade humana nas coisas espirituais; porque nem sempre, ou melhor quase nunca, a nossa vontade tem sintonia com a vontade de Deus.

O grande problema que todos temos é descobrir a amplitude da vontade de Deus, porque vivemos numa época marcada pelo poder da nossa vontade; todos queremos realizar nossas vontades. Somos impelidos, diuturnamente, a conhecer e executar a nossa vontade; e, só depois pedir que Deus a abençoe. Mudamos o rumo das coisas e não mais perguntamos “Deus qual é a Tua vontade? Abençoa-me nela”. Dizemos: “Senhor aí está a minha vontade, abençoa e a torna realidade”.

É para mudar esse cenário tenebroso que Jesus atribui a Deus, e somente a Ele, o poder para nos atrair de uma forma definitiva e mudar a nossa forma de ser, de dentro para fora, para que possamos viver sob a égide dos valores por Ele revelados e assim buscar a regeneração que advém do coração do Deus que é pai. E, só conseguimos isso quando nos alimentarmos com o pão da vida que nos leva a fazer a oração que diz: “Amado Deus, alimenta-nos todos os dias com a Tua palavra para que possamos renovar a nossa fé e trilhar a Tua vontade. Que o Teu Espírito Santo permita que os nossos olhos e coração sempre esperem pelo direcionamento que vem de Ti. É o que pedimos em nome do Teu amado Filho e nosso irmão Jesus. Amém!”

Para Reflexão

  1. O que fazer para que a nossa vontade tem sintonia com a vontade de Deus?
  2. Como conseguir que a nossa tendência ao erro seja reduzida ao grau mínimo na nossa vida?
  3. Quais os requisitos para viver, de forma plena, os planos e a vontade de Deus?