Texto Bíblico: Marcos 10.2-9
2Alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Queriam tentá-lo e lhe perguntaram se a Lei permitia um homem se divorciar da sua mulher. 3Jesus perguntou: ‘O que é que Moisés mandou vocês fazer?’ 4Os fariseus responderam: ‘Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e depois mandar a mulher embora’. 5Jesus então disse: ‘Foi por causa da dureza do coração de vocês que Moisés escreveu esse mandamento. 6Mas, desde o início da criação, Deus os fez homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, 8e os dois serão uma só carne. Portanto, eles já não são dois, mas uma só carne. 9Portanto, o que Deus uniu, o homem não deve separar.
Reflexão
Depois da constatação de que precisamos nos aprimorar no exercício de apregoar as maravilhas do Senhor, vivendo na órbita do Reino de Deus para que nós, mesmo apesar de nós, possamos ser semeados com os valores postos pelo Ministério de Jesus e, como servos e servas, posamos florescer e dar frutos na seara do Senhor. É assim, que iniciamos o mês de outubro e olhando para as palavras de Jesus, relatadas por Marcos, encontramos o grande projeto de Deus: Criar e manter viva e pujante uma célula estável e indissolúvel de amor, que ajude seus integrantes a se realizarem mutuamente e os leve à tão sonhada felicidade.
Mas, hoje quero, e vou, colocar de lado a relevantíssima relação homem/mulher, para olharmos juntos essas palavras do Senhor Jesus sob o prisma da união entre o ser humano e o próprio Deus. E, faço isso, para que tenhamos a consciência que na união entre o ser humano e Deus não existe previsão de qualquer separação, porque esse vínculo é simplesmente indissolúvel; até porque essa união foi restaurada através da Cruz do Calvário e definitivamente consolidada no maravilhoso domingo da ressureição do mano Jesus. E, louvado seja Deus por isso! Para sempre seja louvado!
É por isso que Jesus, durante todo o Seu Ministério, nos fala sobre a “qualidade” do amor de Deus pelo ser humano. Deus nos amou de tal forma que enviou ao mundo o seu Filho único “em proveito de todos”. Foi por isso que Jesus, O Filho enviado por Deus se solidarizou com todos nós, partilhou da nossa condição humana; sofreu as nossas dores, vivendo o nosso drama e revestindo-se da nossa temporalidade, cumpriu, por e com amor, o projeto de Deus e aceitou ser julgado e morrer naquela cruz;
Jesus fez isso para nos dizer que a vida verdadeira só se concretiza através do amor que se dá até as últimas consequências. E, tudo isso demonstra, que Jesus veio ao mundo para apresentar, de forma lúdica, o maravilhoso projeto de Deus para a nossa vida. Jesus explica e desnuda a relação que Deus quer manter com cada um de nós, de forma pessoal e exclusiva; tanto é que ao afirmar: “O que Deus uniu, o homem não deve separar”, Jesus está propondo uma volta ao Éden, ao “princípio da criação”. Lembrem-se que no Éden só havia lugar para harmonia, comunhão, intimidade com Deus.
É por saber que estamos numa jornada de vida, exatamente, no meio do caminho onde, infelizmente, não mais habitamos o Éden e nem tampouco chegamos até o apocalipse, que Jesus revela que precisamos reconhecer que, independentemente das situações, dos problemas, angústias e decepções que teimam em acontecer, a união entre o ser humano e Deus é, e sempre será, indissolúvel. Foi para que vivêssemos sob essa certeza que Deus enviou, ninguém menos, do que o Seu Filho unigênito (que através da ressureição passou a ser o filho primogênito, o primeiro de muitos) ao mundo propagando a certeza do “que Deus uniu, o homem não deve separar”. E, por conta dessa indissolubilidade que Jesus propõe uma aceleração até o apocalipse, onde teremos um novo céu e a nova terra; onde sobre nós será consubstanciada a harmonia, a comunhão e a intimidade ampla e plena com Deus.
Ao, solenemente, afirmar o “que Deus uniu, o homem não deve separar” Jesus nos propõe uma aceleração até o apocalipse, uma volta ao Éden, ao “princípio da criação”, trazendo à tona que a vontade criadora de Deus é que nos tornemos a Sua imagem e semelhança e que possamos fazer a oração que diz: “Querido Deus, somos gratos por Tu teres, através de Jesus, nos chamado para viver ao Teu lado, comungando contigo, provando do Teu amor, da Tua misericórdia e da Tua compaixão. Que o Teu Espírito Santo nos dirija sempre, de maneira que as nossas ações e reações sejam para honrar o Teu Santo nome. É o que oramos em nome do nosso irmão mais velho e Teu Filho amado Jesus. Amém!”
Para reflexão
1) Em que consiste em aceitar a ação do Espírito Santo Deus e dar frutos na seara do Senhor?
1½) Como fazer para maximizar os meus frutos na seara do Senhor?
2) Como posso fazer para colocar em prática na minha vida a “aceleração até o apocalipse”?
3) Revisando a minha jornada de vida como descrever a minha intimidade com Deus?