A luta diária em divulgar o projeto de Deus para o mundo

Texto Bíblico: Marcos 12.28-31

28Um doutor da Lei estava aí, e ouviu a discussão. Vendo que Jesus tinha respondido bem, aproximou-se dele e perguntou: ‘Qual é o primeiro de todos os mandamentos?’ 29Jesus respondeu: ‘O primeiro mandamento é este: Ouça, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor! 30E ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, com todo o seu entendimento e com toda a sua força. 31O segundo mandamento é este: Ame ao seu próximo como a si mesmo. Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois.’.

Reflexão

Observando todo o contexto das palavras de Jesus, relatadas por Marcos, podemos concluir, com certa facilidade, que a questão do maior mandamento da Lei nunca foi uma questão pacífica na sociedade judaica. Contudo, na época e no tempo de Jesus essa celeuma se transformou objeto de debates intermináveis entre os fariseus e os doutores da Lei; até porque, pouca coisa ou quase nada estava religiosamente pacificado na Palestina do século I.

E, isso acontecia porque existia uma preocupação em atualizar os preceitos da Lei postos por Moises, de forma a que respondessem a todas as questões que a vida do dia a dia punha; ou seja, os doutores da Lei sob o afã de positivar tudo, tinha criado um conjunto de 613 preceitos, dos quais 365 eram proibições e 248 ações a pôr em prática. E, a “multiplicação” dos preceitos legais trazia no seu bojo uma questão: Todos os preceitos têm a mesma importância ou há algum que é mais importante do que os outros?

É exatamente esta a questão que é posta a Jesus, que responde afirmando que devemos amar “ao Senhor seu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças”; na verdade Jesus cita o primeiro versículo do “Shema Israel”, constante do capítulo 6 do livro do Deuteronômio (Dt 6,4-5), que é a grande profissão de fé que todo o judeu recitava no início e no fim do dia. E, assim Jesus desafia, não só os doutores da Lei, mas cada um de nós para que possamos nos fazer presentes nas adversidades alheias. E, Jesus faz isso por saber que Deus imputa, àqueles que Lhe são caros, uma luta diária contra a apatia que reina hoje no mundo, contra o egocentrismo exacerbado da sociedade moderna. Isto porque, Deus nos escolheu nominalmente para a edificação do Seu projeto no mundo; Ele nos faz realizar coisas de várias formas, fontes e diferentes caminhos.

Mas, para que possamos ser chamados de operadores do plano de Deus (o único que tem o poder e a força necessária para transformar corações e restaurar vidas), faz-se necessário viver plenamente em Jesus. E, o que vem a ser viver plenamente em Jesus? Pelo menos para mim, a resposta é bem simples: Viver plenamente em Jesus é ter a nítida, clara e incontestável certeza de que Ele é o início, meio e fim de todos os nossos projetos. Mas, viver plenamente em Jesus não nos isenta das imposições, necessidades e cobranças impostas pelo mundo moderno, as quais, insatisfeitas, nos provocam instabilidades, sofrimentos e tribulações, além de nos conceder a credencial necessária para que possamos ter a certeza de que ao Seu lado poderemos alcançar a tão sonhada felicidade, mesmo diante dos problemas, tribulações, adversidades e decepções que já aconteceram, acontecem e certamente vão acontecer na nossa vida. Muito pelo contrário, Ele nos diz que “no mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16-33). Na verdade, o viver plenamente em Jesus.

E, Diante desta realidade, fica fácil concluir que a felicidade não é encontrada quando é procurada, ela é um subproduto da busca diária por um caminhar com Àquele que transforma corações e restaura vidas. Por isso, não podemos correr o risco de relevarmos uma certeza: O Senhor nos chamou para uma vida de vitória, entretanto, nunca nos disse que seria apenas dias de bênçãos, tendo inclusive dito que enfrentaríamos aflições. E, para que você possa fixar bem, faz-se necessário relembrar que Jesus, O Filho enviado por Deus se solidarizou com todos nós, partilhou da nossa condição humana; sofreu as nossas dores, vivendo o nosso drama e revestindo-se da nossa temporalidade, cumpriu, por e com amor, o projeto de Deus para poder ressuscitar naquele domingo inigualável.

Jesus fez tudo isso para nos dizer que a vida verdadeira só se concretiza através do amor que se dá até as últimas consequências. E, tudo isso demonstra, que Jesus fez tudo isso para nos mostrar como caminhar neste mundo. E, essa convicção deve nos levar a fazer a oração que diz: “Querido e amado Deus, ajuda-nos com nossas dificuldades, para que possamos vencer nossas aflições pela fé e não por nossas próprias forças. Concede-nos, oh Senhor, a perseverança necessária para esperar por Tuas misericórdias e entregar a nossa vida nas Tuas mãos. É o que oramos em nome do mano Jesus. Amém!”

Para Reflexão:

  1. Como fazer para amar a Deus com toda a alma, todo o entendimento e com todas as forças?
  2. Eu me submeto aos planos de Deus?
  3. Será que eu reconheço o futuro que Deus tem preparado para mim?