Educação Teológica para a Comunhão Anglicana (ETCA)

O Modo Anglicano: Sinais de Orientação numa Jornada em Comum [1]

Consulta do Modo Anglicano do ETCA de Cingapura, Maio de 2007

Este documento é o resultado de um processo de quatro anos, no qual líderes da igreja, teólogos e educadores de todo o mundo se reuniram para discutir sobre o ensino da vida, da identidade e da prática Anglicanas. Eles tornaram mais claro o modo como os Anglicanos se veem e à sua missão no mundo. Essas características, chamadas de o “Jeito Anglicano”, devem servir de base para o ensino do Anglicanismo em todos os níveis de aprendizado, envolvendo o laicato, o clero e os bispos. Este documento não deve ser visto como uma definição abrangente de Anglicanismo; contudo, coloca marcos que orientam os Anglicanos na sua jornada de autoconhecimento e de discipulado de Cristo. A jornada está sempre em movimento, porque o ser anglicano é sempre influenciado pelo seu contexto e pela sua história. Historicamente, diversos modos de ser anglicano emergiram, todos os quais podem ser encontrados na rica diversidade do Anglicanismo atual. Todavia, os Anglicanos têm os seus pontos em comum, que são o quê os mantém juntos em comunhão através de “laços de afeição”. Os sinais de orientação colocados abaixo são oferecidos na esperança de que eles irão mostrar o caminho para um entendimento mais claro do ministério e da identidade Anglicanos, de modo que todos os Anglicanos possam ser efetivamente ensinados e equipados para o seu serviço para a missão de Deus no mundo. Continue lendo “Educação Teológica para a Comunhão Anglicana (ETCA)”

Uma catequese sobre a homossexualidade

Pelos Bispos Jack Spong (ECUSA) e Peter J. Lee (África do Sul)

Catequese – “Um diálogo entre os crentes” (Dicionário de Teologia Westminster)

Escrita por sugestão do Arcebispo de Cantuária, Sua Graça Reverendíssima George Carey

O presente trabalho foi escrito em 1996, pelos Bispos Peter Lee e Jack Spong, a pedido do então Arcebispo de Cantuária, George Carey. A proposta de ambos no texto, é de que Lambeth não aprovasse nenhuma revolução a favor ou contra os tópicos referentes à homossexualidade. De acordo com a argumentação do texto, qualquer resolução aprovada teria um efeito desastroso na Comunhão Anglicana. Os bispos reunidos em Lambeth 98 não atenderam à solicitação do texto, e votaram a conhecida resolução sobre o assunto que, desde então tem sido o ponto de maior polêmica na Comunhão Anglicana. Continue lendo “Uma catequese sobre a homossexualidade”

Maria na tradição da Igreja Anglicana

Rev. Jorge Aquino, ose [1]

Gostaria, antes de mais nada, de agradecer ao convite que me foi formulado para falar neste Congresso Mariológico Mariano, acerca de um tema tão importante. E porque sei que é um tema de suma importância, tenho também conhecimento do peso de minha responsabilidade e das minhas limitações. Preferi falar neste dia sobre a posição encontrada na Comunhão Anglicana e não especificamente nas Igrejas da Reforma. Assim o fiz por duas razões.
Em primeiro lugar, em função do pouco tempo que temos. Falar da presença e da ausência de Maria nas diversas tradições reformadas exigiria bastante tempo, o que inviabilizaria esta comunicação. Em segundo lugar, em função de nossa ignorância do tema, o que exigiria um aprofundamento nestas riquíssimas tradições, o que não seria uma tarefa fácil. Se considerássemos apenas a obra de João Calvino, estaríamos em apuros; quando somamos a esta, os textos de Lutero e dos demais reformadores, com certeza, estaríamos em maus lençóis. A tradição Anglicana, no entanto, possui em seu seio muito da tradição luterana e calvinista, o que pode facilitar a reflexão. Além do mais, há um dado pessoal que pode ser lembrado: é, para mim, muito mais familiar falar do anglicanismo. Continue lendo “Maria na tradição da Igreja Anglicana”

Maria, segundo a Igreja

Por que todo esse barulho a respeito de Maria?

Muita gente anda com medo de tratar da questão de Maria porque julga que isso foge do culto a Deus. Com certeza está errado confundir a devoção a Maria com o culto que é devido somente a Deus. A questão sobre Maria é que ela foi uma garota comum, uma campesina da parte mais pobre da Palestina. Porém, e é um grande porém, ela foi uma garota comum, escolhida para fazer algo extraordinário, tornar-se a mãe de Deus Filho. Continue lendo “Maria, segundo a Igreja”

Comunhão dos Santos

Por +Sumio Takatsu

Primeiro, a localização da expressão Comunhão dos Santos no Credo. Ela se encontra na terceira cláusula (artigo), Creio no Espírito Santo. Por isso, ela não é uma cláusula independente. Ao contrário, a Comunhão dos Santos está na dependência do Espírito Santo e dele recebe não só o sentido, mas também a vida. O Espírito Santo atualiza a Palavra feita carne, Jesus Cristo, sua vida, morte e ressurreição, e a inauguração da Nova Criação, nova convivência, a comunhão com Deus e uns com outros. Continue lendo “Comunhão dos Santos”