O XIII Concílio da Diocese Anglicana da Amazônia (DAA) foi marcado por momentos ricos de convivência, partilha e decisões. Sendo conduzido pela primeira vez por nossa Bispa Marinez Bassotto, o Concílio favoreceu reflexões sobre a temática da Confelíder Nacional: Muitas faces, muitos jeitos, um só Cristo. Ora, vocês são o corpo de Cristo e são membros dele cada qual a sua maneira (1 Coríntios 12.27), além, claro, dos encaminhamentos comuns dos Concílios: avaliações de relatórios, nomeações, eleições de cargos e funções, entre outros assuntos. Como decisão do último Sínodo de nossa Igreja em Brasília – DF, foi colocado sobre a mesa a discussão e votação sobre o casamento igualitário; alguns conciliares – clericais e laicos – se manifestaram e em seguida foi feita a votação, a maioria votou a favor, porém o número de abstenções foi alto e por isso a matéria ficou sobre a mesa para decisão no mês de abril de 2019 no Concílio Extraordinário que tratará sobre a adequação dos cânones diocesanos conforme os novos Cânones Gerais da IEAB.
Três pontos marcantes do Concílio: a presidência (pela primeira vez na história da IEAB) de uma Bispa, a assinatura de companheirismo entre a Diocese mais antiga com a mais nova da IEAB – Diocese Meridional e Diocese Anglicana da Amazônia – e a primeira Confirmação da Bispa Marinez a uma jovem da Diocese. Esses momentos marcantes nos convidam a continuar insistindo como uma Diocese Missionária, que nos desafia a ir ao encontro dos mais pobres da Amazônia e a testemunhar o Evangelho de Jesus Cristo nos pontos de missão da área urbana e rural, como bem enfatizou a Bispa em sua Carta Pastoral. A Diocese mais jovem da IEAB é a mais densa em território e com poucas comunidades; certamente a complexa realidade desafia o pastoreio da Bispa Marinez e de seu povo, porém “embora sendo poucos, somos muitos formando um só corpo em Cristo, cada qual à sua maneira” (cf 1 Coríntios 12,7).
No encerramento do XIII Concílio, na celebração, como marca de nossa cultura, o Bispo Humberto e a Bispa Marinez tomaram açaí na cuia decorada com grafismos marajoara como símbolo de ambos abraçarem o companheirismo e se comprometerem de fortalecer o anúncio do Evangelho de Jesus Cristo em terras distantes. As cuias de chimarrão e de açaí aproximaram ainda mais as regiões norte e sul e estão mais juntas do que nunca.
Revdo. Cláudio Corrêa de Miranda
Coordenador da Comissão Diocesana de Comunicação da DAA
Publicado em 22/08/2018 pelo Serviço de Notícias da IEAB.