Nota pastoral sobre a flexibilização do uso de máscaras

Paz e Bem!

Prezados colegas, irmãs e irmãos;

Com o anúncio da desobrigação do uso de máscaras de proteção em ambientes internos e públicos, algumas pessoas me perguntaram qual é a orientação da Igreja. É importante lembrar que a Igreja sempre defende a vida em sua plenitude, o cuidado com a saúde/sanidade e a plena dignidade de cada pessoa e de todas nós (S. João 10.10).

Recomendo vigorosamente que, em nossos templos e celebrações, possamos continuar fazendo uso de máscaras de proteção e demais recursos de defesa para evitar o contágio da COVID-19.

É muito importante a congruência e exemplo dos clérigos e clérigas, lideranças do laicato, ministros leigos, seminaristas, pessoas que servem nos sodalícios da igreja e juntas paroquiais. O exemplo das lideranças é pedagógico, e é um serviço de amorosidade no cuidado pastoral das nossas Comunidades.

Quem se sentir confortável pode retirar a máscara para a homilia e leituras bíblicas durante as celebrações, e é importante continuar fazendo uso por mais um tempo, visando a segurança de todas as pessoas.

Nossos templos têm pouca ventilação natural e devemos nos lembrar da importância de cuidar de nós e de nossos paroquianos, pessoas confiadas ao nosso cuidado pastoral. Uma vez, que a lei já não mais obriga, é possível que pessoas venham a nossas celebrações sem o uso de máscaras de proteção. Recomendo que as tratemos com todo amor, respeito e compreensão, conforme a mensagem do evangelho, e que não pratiquemos qualquer tipo de discriminação.

Na quinta-feira, 17 de março, tivemos no Brasil o falecimento de 484 pessoas em decorrência da COVID-19. Creio que todas nós pessoas discípulas de Jesus Cristo, ficamos impactadas, uma vez que sabemos que não se trata de números, e sim vidas humanas que estão sendo ceifadas. Muitos de nós perdemos familiares, amigos e pessoas da igreja, e queremos, enquanto pastores e pastoras, continuar com zelo e amorosidade cuidar do rebanho de Cristo, confiado a nós.

Sigamos em oração, comunhão e zelando pela vida em sua plenitude.

+Cézar Alves e Conselho Diocesano

Fonte: site da Diocese Anglicana de São Paulo.