Entender, viver e propagar toda a dinâmica do amor de Deus

Texto Bíblico: João 13.32, 34-35

32Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. 34Eu dou a vocês um mandamento novo: amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros. 35Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos.

Reflexão

Basta um breve olhar para o lado e concluir que vivemos num mundo repleto de atos de violência; com uma breve e rápida leitura nas notícias do dia, constata-se que a invasão da Ucrânia pela Rússia completa 53 dias nesta segunda-feira; e, aí uma pergunta pode surgir: O que aconteceu com o ser humano? Para responder, mesmo de forma superficial, posso afirmar que toda essa violência é o resultado de um longo processo de egoísmo que habita nas pessoas desde o início dos tempos; um processo que foi potencializado pela competitividade desenfreada do mundo pós-moderno, guiada pela lógica da acumulação de bens, das aparências, da busca por status, fama e destaque, para, a qualquer custo, figurar na capa da “Revista Caras”, pela necessidade de ser uma “celebridade” e afastar a “peste” que é, para muitos, o anonimato.

E, tudo isso acontece pela nítida, clara e inconteste ausência de Deus no coração humano! Para quem duvida, basta ver que a convivência humana nunca foi fácil, desde a primeira família sempre observamos crises de relacionamento, tanto é que culminou com o primeiro homicídio relatado em Gênesis 4; e, tomando por base essa narrativa, mesmo sem querer julgar ninguém, afirmo que podemos separar as pessoas em dois grupos bem distintos: As pessoas “Abel” e as pessoas “Cain”. As pessoas “Abel” são aquelas que podem até ser ciumentas, contudo, buscam viver observando os preceitos de Deus. Já as pessoas “Cain”, sempre encontram defeitos e apontam vícios sejam de forma, conduta ou de pensamentos dos outros, principalmente quando estes estão dando certo; sempre criam dificuldades para no final ter o discurso triunfante do “eu não disse!”. Essas condutas das pessoas “Cain”, excessivamente compassivas consigo mesmas e ultra rigorosas com os outros, devem ter levado o filósofo francês Jean Paul Sartre a dizer: “o inferno são os outros!”.

E, diante desse caos que habita no mundo pós-moderno, principalmente neste período pós-covid, onde não se percebe facilmente a coerência no agir de Deus, muitos ficaram permeados de tristeza e passaram a enxergar só as sombras da morte. Porém, as palavras relatadas por João, revelam devemos ir na contramão e procurar confiar plenamente neste maravilhoso Deus que nos enviou Jesus, o nosso bom pastor, para nos conduzir por pastos verdejantes e as águas tranquilas, independentemente das circunstâncias ou condições externas; Jesus nos franqueou força, alimento, verdade e vida em abundância; e, também, pediu para que nós permanecêssemos juntos D’Ele sempre, para que através dos Seus ensinamentos nós pudéssemos permanecer fiéis ao amor de Deus, reconhecendo toda amplitude da Sua doce e terna misericórdia.

Diante dessa promessa, como fazer para cumprir e divulgar o mandamento “amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês”? A resposta é simples: Precisamos buscar, incessantemente, viver sob a presença do amor de Deus e tê-la como balizador mor das nossas relações interpessoais; pois somente assim, encontramos com a verdadeira essência de Deus. Então viva a certeza que amar foi, é e sempre será uma necessidade vital para o ser humano, que como um ser social, carece da preeminente necessidade de amar e de ser amado, até porque não estamos sós neste mundo.

E, isso demonstra que cabe a cada um de nós fomentar o amor de Deus por quem está próximo, pelos desconhecidos, por quem não gostamos e até por aquelas e aqueles que não gostam de nós. Devemos amá-los para que, a partir de nós, essas pessoas possam sentir todo amor e misericórdia de Deus. Ou seja, divulgar o amor de Deus é nosso maior e constante desafio, pois é esse amor que nos faz viver relacionamentos fraternais, amizades sinceras, equilibradas e, principalmente, saudáveis; pois, só assim, vamos poder expurgar todo sentimento que pode gerar barreiras ou muros nas nossas relações e revelar a característica primordial do Ministério de Jesus: A construção de pontes. Foi essa certeza que levou Jesus, naquela noite, a sentenciar: “Amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros”.

Jesus nos propõe um amor recíproco e que nos estimula a viver relações que nos leva a agir em benefício uns dos outros, com generosidade, apoiando e servindo, cuidando e confortando. Pois somente assim vamos revelar ao mundo a face do Senhor Jesus e fazer a oração que diz: “Deus amado, que esse mandamento posto pelo nosso irmão Jesus possa tomar conta da nossa vida de tal forma que nunca possamos renunciá-lo, mas sempre anunciá-lo. Que façamos deste mandamento uma necessidade de vida, um desafio diário e uma benção da qual nunca abramos mão. Que o nosso coração possa amar como Jesus nos ama. É o que oramos em nome D’Aquele que com e pôr amor nos concedeu livre acesso ao Teu misericordioso coração. Amém!”

Para reflexão

1) Tenho consciência da reconhecendo toda amplitude da misericórdia de Deus? Explique
2) Concordo que “o Ministério de Jesus tem como característica primordial a construção de pontes”?
3) O que posso fazer para viver e divulgar de forma ampla e plena o amor de Deus?