Um só Deus em três pessoas revelando todo o amor do Senhor

Texto Bíblico: João 16.12 -15

12‘Ainda tenho muitas coisas para dizer, mas agora vocês não seriam capazes de suportar. 13Quando vier o Espírito da Verdade, ele encaminhará vocês para toda a verdade, porque o Espírito não falará em seu próprio nome, mas dirá o que escutou e anunciará para vocês as coisas que vão acontecer. 14O Espírito da Verdade manifestará a minha glória, porque ele vai receber daquilo que é meu, e o interpretará para vocês. 15Tudo o que pertence ao Pai, é meu também. Por isso é que eu disse: o Espírito vai receber daquilo que é meu, e o interpretará para vocês.

Reflexão

E, complemento a tudo que falamos na última semana sobre o Pentecoste, no encontro de hoje vamos tratar da divulgação, por Jesus, da Santíssima Trindade. Mas, preciso lhe dizer que aquilo que trataremos hoje não é e nem nunca foi um projeto para tentarmos decifrar o mistério que se esconde por detrás de “um só Deus em três pessoas”. Isso porque, a Santíssima Trindade sempre foi algo bem de difícil compreender, gerando muitas controvérsias, dúvidas e discussões teológicas intermináveis. São e sempre serão inúmeros os questionamentos e ilações das mais variadas, até pela capacidade humana limitada para entender todo esse fluxo do amor divino que foi e ainda é divulgado por e com a Santíssima Trindade.

Por isso, neste curto espaço que temos, eu nem ousaria em tentar explicar o que não pode ser explicado. Entretanto, uma das formas para vislumbrarmos toda a expressão da Santíssima Trindade é através das palavras do apóstolo Paulo: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (II Co 13,14). Nesta benção apostólica feita por Paulo, nos é permitido tentar se afoitar na compreensão da Santíssima Trindade, veja o porquê: É nessa benção apostólica onde constatamos que tanto a graça, quanto o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo são franqueados a cada um de nós, de forma individual, direta e determinada. Esses são três sentimentos envolvidos numa mesma ação abençoadora: A graça; o amor e a comunhão de Deus. Ou seja, é a graça do Senhor que nos concede a possibilidade de sermos redimidos e totalmente restaurados diante de D’Ele. Já é o amor do Senhor que possibilita que a Sua graça alcance cada um de nós e sejamos transformados em novas criaturas. E, por fim, a comunhão com o Senhor que é o resultado do binômio amor e graça; foi exatamente por conta deste binômio que Deus enviou Jesus para que, através D’Ele, pudéssemos até julgados, mas nunca condenados.

É esse binômio que nos outorga a estupenda possibilidade de vivemos em comunhão com Deus por toda a eternidade. Foi por entender isso muito bem que João trouxe à tona uma expressão mais condensada do Evangelho de Jesus, quando afirmou: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16), revelando que todos os sinais da presença de Deus no meio de nós estão resumidos nesse único versículo, demonstrando que a graça, que vem de graça, restaura, de forma inconteste, a nossa natureza tendente ao erro; a graça nos redimiu, por tudo que aconteceu na cruz do calvário e através da ressureição do Senhor, não porque mereçamos, mas pelo ato exclusivo da parte de Deus. Já o amor é exatamente aquilo que possibilita toda esta mobilização dos céus em nosso favor. Um amor tão intenso e inigualável, que fez com que o próprio Deus, descesse a terra e cumprisse o mandato de justiça que estava sobre nós.

E, tudo isso aconteceu porque Deus sentiu saudades de nós, fazendo de Jesus a expressão máxima da graça e do amor do Pai; Jesus foi, é e sempre será a maior prova de que Deus deseja restaurar a nossa comunhão com Ele, fazendo de Jesus o Seu agente mor em toda obra da criação, impando a Jesus a missão de refazer a nossa aliança que estava perdida e o mediador de toda bondade que flui diretamente do coração de Deus e que tem cada um de nós como destinatário final.

É por isso que cabe ao Espírito Santo nos fazer ver e viver o que há de melhor na vida cristã: Uma comunhão de coração e alma, construindo relações baseadas no amor que é colocado em nossos corações para revelar Jesus, que mesmo sendo Filho unigênito de Deus, tornou-Se o filho primogênito de Deus (primeiro de muitos), devendo ser exaltado como O Nosso Senhor e Salvador; como Aquele que nos concede livre acesso ao coração do Pai. Jesus, mesmo sendo igual a Deus, a segunda pessoa da Trindade, revela que precisamos, dia após dia, render ações de graças e louvores a esse Deus que se expressa ao mundo através da Santíssima Trindade, como sendo o maior exemplo da comunhão perfeita. Que sejamos amigos, companheiros, consoladores e reconciliadores do Senhor neste mundo, para que todos possam reconhecer a face D’Ele através das nossas vidas, quando fazemos a oração que diz: “Mui amado Deus que possamos fazer parte do Teu glorioso plano de redimir a humanidade através do mano Jesus. Não permita Senhor que nossa incredulidade, preconceito e qualquer outra atitude, possa impedir a manifestação da Santíssima Trindade na nossa vida. É o que oramos em nome do nosso irmão Jesus. Amém!”

Para Reflexão

  1. O que fazer para vislumbrar e divulgar fluxo do amor divino divulgado por e com a Santíssima Trindade?
  2. O que entendo pela afirmação: “Podemos até julgados, mas nunca condenados”?
  3. Consigo me ver como amigo, companheiro, consolador e reconciliador do Senhor neste mundo? Por quê?