Tudo o que Deus já fez para minimizar as nossas enfermidades

Texto Bíblico: Lucas 8.26-29, 32-33, 35, 38-39

26Jesus e os discípulos desembarcaram na região dos gerasenos, que está diante da Galileia. 27Ao descer à terra, um homem da cidade foi ao encontro de Jesus. Ele era possuído por demônios, e há muito tempo não se vestia, nem morava em casa, mas nos túmulos. 28Vendo Jesus, o homem começou a gritar, caiu aos pés dele, e falou com voz forte: ‘Que há entre mim e ti, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Eu te peço, não me atormentes!’ 29O homem falou assim, porque Jesus tinha mandado que o espírito mau saísse dele. De fato, muitas vezes o espírito tinha tomado posse dele. Para protegê-lo, o prendiam com correntes e algemas; ele, porém, arrebentava as correntes, e o demônio o levava para lugares desertos. 32Havia aí perto uma numerosa manada de porcos, pastando na montanha. Os demônios pediram a Jesus que os deixasse entrar nos porcos. Jesus deixou. 33Os demônios saíram do homem, e entraram nos porcos. E a manada atirou-se monte abaixo para dentro do lago, onde se afogou. 35E as pessoas foram ver o que tinha acontecido. Foram até Jesus, e encontraram o homem, de quem os demônios tinham saído, sentado aos pés de Jesus; estava vestido e no seu perfeito juízo. E ficaram com medo. 38O homem de quem os demônios tinham saído pedia para ficar com Jesus. Mas Jesus o despediu, dizendo: 39‘Volte para sua casa, e conte tudo o que Deus fez por você’. E ele foi embora, proclamando pela cidade inteira tudo o que Jesus havia feito em seu favor.

Reflexão

Podemos constatar, diante dos relatos das curas e libertações operadas pelo Senhor Jesus em todo o Seu Ministério, que não houve nenhum caso que tenha onde Ele tenha fracassado; na verdade, quanto maior era o desafio, tanto maior seria a repercussão do milagre realizado; e, por conseguinte, a expansão da mensagem que trazia no seu bojo uma nova realidade: A amplitude do amor de Deus pela humanidade.

Por isso, convido você a nos transportarmos até a cidade de Gadara, situada a sudeste do mar da Galileia e habitada predominantemente, na época de Jesus, por não judeus e ali ara engrossarmos o cordão daquelas e daqueles que participaram da libertação do homem endemoniado. Essa viagem é necessária para que possamos entender a amplitude do amor personalizado que Deus nutre por cada um de nós. Ali Jesus restaura um homem que vivia nu, completamente fora do seu juízo normal, dormindo nos túmulos do cemitério e que não se encaixava na referência de normalidade. Logo em seguida emerge o espanto dos que presenciaram a cura, quando se deparam com o agora, antigo endemoniado, em sua nova versão, perfeitamente equilibrado, vestido, asseado e assentado aos pés de Jesus pedindo para seguir o Mestre.

E, diante deste contexto, os ouvintes começam a enxergar as suas próprias enfermidades; e, isso aconteceu, porque é mais fácil permanecer com os “porcos e com os endemoniados” que já os conhecemos e que não nos incomodam tanto! E, mesmo sabendo, que alguns dos nossos problemas não têm a característica de ser uma enfermidade de estimação, mas não podemos nos descuidar, porque se continuaremos a mantê-las certamente elas se transformarão em uma enfermidade de estimação. Na verdade, deveríamos jogá-las fora da nossa vida. Ou pelo menos tentar!

Assim como Jesus chegou e perturbou a paz em Gadara, onde os habitantes estavam “satisfeitos” e não se incomodavam nem com os porcos e muito menos com o endemoniado; muitas vezes, nós, inconscientemente, mantemos intactos e sem questionamento aquilo que posso chamar de “enfermidades de estimação”. E, essa constatação, me leva a perguntar: Será que é mais confortável ficar com os “porcos e os endemoniados”, no lugar de ter a alma ampla e totalmente liberta pelo poder da graça e da misericórdia de Deus? Pergunto isso porque, sei que a opção pela libertação sempre tem 100% adesão; mas, essa adesão pela libertação nem sempre leva em conta as mudanças na forma de ver e viver que são decorrentes desta eleição. Por isso, entendo ser imprescindível combater todo e qualquer sinal de acomodação diante da nossa forma acomodação diante das de “enfermidades de estimação”. Não dá para minimizar, tratar como comum ou normal, mesmo que seja inconscientemente, “enfermidades de estimação” que impedem de expor toda à verdade transformadora contida na Palavra de Deus. E, isso fica muito claro ao ver as mudanças do homem em Gadara relatada por Lucas.

Não tenho dúvida que nem todas as nossas enfermidades são “enfermidades de estimação”, mas quando elas entranham na nossa vida e passam a fazer parte da nossa história, ficam mais letais do que o próprio mal. Por isso, assim como fez com o endemoniado geraseno, Jesus quer fazer conosco para que possamos ficar sob a direção do Espírito Santo e assim fazer a oração que diz: “Querido Deus, Te pedimos para que possas entrar na nossa vida e nos libertar dos males que de uma forma ou de outra, tornaram-se parte de nós mesmos, fazendo parte da nossa própria identidade, caráter e forma de viver; faz isso Senhor para que possamos ser completamente livres. É o que oramos em nome do nosso irmão querido e amado Jesus Cristo. Amém!”

Para reflexão

  1. Consigo enxergar e enumerar as minhas próprias enfermidades?
  2. Será que todos temos uma ou mais enfermidades de estimação? Por quê?
  3. Como podemos fazer para expurgar as enfermidades de estimação da nossa vida?