Usufruir a presença do próprio Deus na nossa vida

Texto Bíblico: Mateus 16.13-16

13Jesus chegou à região de Cesaréia de Filipe, e perguntou aos seus discípulos: ‘Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?’ 14Eles responderam: ‘Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros ainda, que é Jeremias, ou algum dos profetas’. 15Então Jesus perguntou-lhes: ‘E vocês, quem dizem que eu sou?’ 16Simão Pedro respondeu: ‘Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo’.

Reflexão

Durante mais de dois mil anos Jesus tem sido o homem mais estudado de toda a história universal, porque não existe ninguém que tenha feito tanta diferença no mundo como Ele. O Seu Ministério foi, indiscutivelmente, o maior laboratório de tratamento psíquico e enriquecimento da arte de pensar que se tem notícia; porém, muitos ainda duvidam da Sua existência e da Sua parte com Deus.

É exatamente nesse contexto que entra, como vocês já sabem, o meu discípulo predileto, por ser o mais humano e passional de todos eles, Pedro! Que de forma contundente e sem pestanejar retrata, desnuda e expõe Jesus, para aquele grupo tão seleto, como “O Messias, o Filho do Deus vivo”. E, embora Jesus não tenha saído, de forma escancarada, afirmando que era Deus, todos os Seus ensinamentos estavam centralizados na definição posta 740 anos antes do nascimento de Jesus, onde Isaias afirmou que Ele foi, é e sempre será: “O maravilhoso conselheiro, Deus forte, pai da eternidade e príncipe da paz” (Is 9,5).

Essa certeza me faz relembrar do Bispo Alexandre Ximenes que, guiado pelo Espirito Santo, numa das pregações memoráveis, afirmou: “O primeiro passo para se conhecer a verdade do reino de Deus não é assiduidade, não é ter um banco para sentar num templo; não é vestir essas roupas que nos vestimos; não é sequer ter um linguajar de gueto da fé cristã; não é conhecer toques, símbolos e sinais. O ponto de partida para que a pessoa não seja aquele tipo de cristão que fala tudo certo, mas não consegue se quer crer no que fala, é que esse nascimento seja passado; Ele já nasceu em meu coração. Aqueles em cujo coração do Senhor nasce e que procuram viver em baixo do domínio do Messias são aqueles que reconhecem limitados e pequenos. Aqueles em cujo coração do Senhor nasce e que procuram viver em baixo do domínio do Messias”.

Passamos pela vida procurando respostas para muitas dúvidas que permeiam a nossa mente; porém, o que precisamos fazer é buscar respostas para as perguntas que possam fazer diferença no que seremos no futuro; e, diante de tudo isso tenho que lhe perguntar: Caso nós estivéssemos naquela reunião e diante da pergunta direta de Jesus, qual seria a nossa resposta? E, se essa pergunta fosse feita hoje, como nós responderíamos? O que, verdadeiramente, pensamos sobre Jesus? Talvez ainda não tenhamos percebido que algum dia, diante do Supremo Tribunal, teremos, como réus e pecadores que durante toda a vida nada fizemos que possa ser chamado de justo ou reto, teremos que responder a essa questão.

Digo isso porque é essencial para a nossa existência reconhecer que Jesus como o Messias esperado e nascido diretamente de Deus. É no escopo dessa essencialidade que Ele concede outro sentido a nossa espiritualidade, outorga a possibilidade de usufruirmos, nada mais nada menos, do que a presença do próprio Deus, além da possibilidade de dizermos: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam” (Sl 23,4).

Jesus nos permite desfrutar de todas as bênçãos que nos são franqueadas quando restabeleceremos a nossa comunhão com Deus; Jesus é a ponte que nos leva diretamente ao coração de Deus; Ele é o caminho de volta para casa do Pai; a Sua promessa é que se crêssemos N’Ele, como afirmam as escrituras, alcançaríamos a tão sonhada vida eterna e teríamos um lugar na Sua presença no céu.

Isso demonstra que a nossa resposta ao chamado Senhor faz toda diferença na nossa vida, tanto agora, como na eternidade; sendo Jesus o nosso Cristo, recebemos o grande privilégio de viver segundo a Sua vontade; e Ele abençoará e transformará a nossa existência e fará com que a nossa oração seja; “Querido Deus, pedimos perdão quando negligenciamos a resposta mais importante da vida e as consequências dela. Não permita, oh Senhor que neguemos a Tua real importância e, principalmente, que impeçamos o Teu agir no nosso caminhar, através D’Aquele que, dia após dia nos concede livre acesso ao Teu coração, o nosso irmão Jesus, em nome de quem e por quem oramos a Ti Senhor. Amém!”.

Para Reflexão

  1. O que, verdadeiramente, você pensa sobre Jesus? E que transformação essa opinião pode gerar?
  2. Eu sou tipo de cristão que fala tudo certo, mas não consegue se quer crer no que fala?
  3. Como fazer para usufruir a presença do próprio Deus na nossa vida?

Colocar a nossa vida nas mãos de Deus

Texto Bíblico: Mateus 15.21-23, 25-28

21Jesus saiu daí, e foi para a região de Tiro e Sidônia. 22Nisso, uma mulher cananéia, que morava nessa região, gritou para Jesus: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim. Minha filha está sendo cruelmente atormentada por um demônio”. 23Mas Jesus nem lhe deu resposta. Então os discípulos se aproximaram e pediram: “Manda embora essa mulher, porque ela vem gritando atrás de nós”. 25Mas a mulher, aproximando-se, ajoelhou-se diante de Jesus, e começou a implorar: “Senhor, ajuda-me”. 26Jesus lhe disse: “Não está certo tirar o pão dos filhos, e jogá-lo aos cachorrinhos”. 27A mulher disse: “Sim, Senhor, é verdade; mas também os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos”. 28Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, é grande a sua fé! Seja feito como você quer”. E desde esse momento a filha dela ficou curada.”.

Reflexão

Quantas vezes, em nossas lamentações, clamamos ao Senhor exatamente como a mulher Cananéia que foi relatada por Mateus? Àquela mulher foi procurar o suporte que precisava e o apoio para resolver o seu problema no Filho do Deus Vivo. E, o que mais me chama a atenção nesse texto é que ele começa com a Cananéia clamando em alta voz atrás de Jesus, ela pede misericórdia, mas Jesus parece não dar bola para ela. Ela vai gritando por ajuda, mas Jesus não lhe dá a menor atenção. Aí eu tenho com outra pergunta: Não é assim também que acontece muitas vezes conosco em nossas orações? Nós buscamos a Deus num momento muito difícil da vida, mas parece que Ele não nos ouve. É como se o Senhor precisasse usar mais o cotonete.

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A opção é sair do barco para viver os milagres

Texto bíblico: Mateus 14.24-31

24A barca, porém, já longe da terra, era batida pelas ondas, porque o vento era contrário. 25Entre as três e as seis da madrugada, Jesus foi até os discípulos, andando sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: ‘É um fantasma!’ E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: ‘Coragem! Sou eu. Não tenham medo’. 28Então Pedro lhe disse: ‘Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água’. 29Jesus respondeu: ‘Venha’. Pedro desceu da barca, e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas ficou com medo quando sentiu o vento e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me”. 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que você duvidou?’”.

Reflexão

Logo depois das três horas da manhã, no meio do Mar da Galileia, começa se desenrolar uma das cenas mais instigantes que os discípulos viveram durante todo o Ministério de Jesus, onde onze homens, dentre eles Mateus, começaram a testemunhar uma experiencia impactante e apenas um deles protagonizou essa experiencia. Jesus tinha terminado as Suas orações, pós multiplicação dos pães e dos peixes, e foi ao encontro dos discípulos que estavam num barco sendo chacoalhado pelas ondas numa devido a uma forte tormenta; mesmo assim, Jesus chega até eles usando a Sua própria “ponte”: Andando sobre as águas.

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A multiplicação do acolhimento do Senhor

Texto bíblico: Mateus 14.15-21

15Ao entardecer, os discípulos chegaram perto de Jesus, e disseram: ‘Este lugar é deserto, e a hora já vai adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar alguma coisa para comer’. 16Mas Jesus lhes disse: ‘Eles não precisam ir embora. Vocês é que têm de lhes dar de comer’. 17Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. 18Jesus disse: ‘Tragam isso aqui”. 19Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Depois pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães, e os deu aos discípulos; os discípulos distribuíram às multidões. 20Todos comeram, ficaram satisfeitos, e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram. 21O número dos que comeram era mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças”.

Reflexão

Sempre que me deparo com os fatos ocorridos no monte Tabgha, além de me maravilhar com esse milagre surpreendente de Jesus, engrosso o cordão daqueles que defendem esse como sendo o início de um longo processo de multiplicar as bençãos de Deus para todos os seres humanos. Por isso, devemos ter em mente, que a abundância divina da multiplicação é assinalada pela aparente modéstia ou ineficácia dos meios. E, caso você tenha alguma dúvida, basta lembrar que foram “apenas” cinco pães, dois peixes e um milagre que alimentaram mais de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

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A possibilidade de ser um cidadão do Reino de Deus

Texto bíblico: Mateus 13.31-32,44

31E Jesus contou outra parábola: ‘O Reino do Céu é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. 32Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E se torna uma árvore, de modo que os pássaros do céu vêm e fazem ninhos em seus ramos’ 44‘O Reino do Céu é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra, e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens, e compra esse campo’.

Reflexão

Esses versículos do Evangelho de Mateus são um complemento daquilo que estamos discutindo nas últimas semanas; tanto é que nessas parábolas Jesus ratifica uma grande verdade: Cada um de nós tem o, inalienável, direito de escolha; mas, como tudo na vida, esse direito de escolha também tem um ônus intransferível: Deveremos assumir, integralmente, todas as consequências das nossas escolhas.

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