Nota pastoral sobre a flexibilização do uso de máscaras

Paz e Bem!

Prezados colegas, irmãs e irmãos;

Com o anúncio da desobrigação do uso de máscaras de proteção em ambientes internos e públicos, algumas pessoas me perguntaram qual é a orientação da Igreja. É importante lembrar que a Igreja sempre defende a vida em sua plenitude, o cuidado com a saúde/sanidade e a plena dignidade de cada pessoa e de todas nós (S. João 10.10).

Recomendo vigorosamente que, em nossos templos e celebrações, possamos continuar fazendo uso de máscaras de proteção e demais recursos de defesa para evitar o contágio da COVID-19.

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Não podemos silenciar diante de tamanhas maldades

Carta da Câmara Episcopal da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, 20 de janeiro de 2021.

O Senhor faz atos de justiça e retidão as pessoas oprimidas.
Salmo 103.6 (Livro de Oração Comum, IEAB)

O contexto brasileiro atual nos leva a uma esquina crucial em termos de ética. Para além dos desafios e das equivocadas políticas adotadas pelo governo federal no enfrentamento da COVID-19, temos acima de tudo um problema que precisa ser enfrentado com a força do exemplo e presença de Jesus. São atitudes que vão além do campo político partidário e nos desafiam em termos de nossa fidelidade ao Evangelho.

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Orientação espiritual e devocional em tempos de pandemia do Covid-19

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Cultivando serenidade neste tempo de pandemia de Covid-19

“Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisa que não posso modificar; coragem para modificar aquelas que posso; e sabedoria para conhecer a diferença entre elas. Vivendo um dia de cada vez, desfrutando um momento de cada vez, aceitando que as dificuldades constituem o caminho à paz. Aceitando, como Ele aceitou, este mundo tal como é, e não como eu queria que fosse. Confiando que Ele acertará tudo, contanto que eu me entregue à Sua vontade, para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e supremamente feliz com Ele eternamente na próxima.”

— Reinhold Niebuhr (1892- 1971)

Escrita no século XX por Reinhold Niebuhr, teólogo de tradição reformada, a oração da serenidade tornou-se popular e é fonte de recursos para os grupos de AA (Alcoólicos anônimos) e outras associações que seguem a mesma filosofia de ajuda solidária e escuta empática. Essa singela oração tornou-se parte importante da vida espiritual de milhões de pessoas, proporcionando esperança ativa e resiliência na vida cotidiana.

Vivemos num tempo em que muitas informações relevantes e fake news chegam a nós a cada momento de diversas partes do mundo, e cabe a nós, com serenidade e lucidez, discernir o que é joio ou trigo. Em alguns ambientes, temos visto surgir um certo anti-intelectualismo. Nós, episcopais anglicanos, rejeitamos tal postura e, na boa companhia do teólogo anglicano John Stott (1921-2011), afirmamos: “Crer é também pensar”.

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Sete estágios de cura

O Diretor de Educação Teológica da Comunhão Anglicana, o Reverendo Dr. Stephen Spencer, considera as consequências que a pandemia do Covid-19 podem ter para a saúde mental e reflete sobre as lições a serem aprendidas pelos discípulos a caminho de Emaús.


À medida que o isolamento social começa a ter efeito, alguns padrões comuns de comportamento podem ser observados em todo o mundo. O mais óbvio nesse estágio inicial é um tipo de choque misturado com negação, visto recentemente no Reino Unido, quando contra todas as recomendações milhares de pessoas foram à praia e aos parques nacionais para aproveitar o sol e fazer umas miniférias. Era como se a pandemia se destinasse apenas a outras pessoas em outras partes do mundo. Em outros lugares, alguns líderes religiosos chegam a negar que o vírus possa matar membros de seu rebanho.

Uma semana depois, em parte em resposta a uma mudança de tom por parte dos governos e em parte em resposta à dura realidade de adoecerem os entes queridos, há uma atmosfera muito diferente em muitos lugares. Sentimentos de dor e culpa estão surgindo em alguns setores: “Se eu tivesse sido cuidadoso antes, talvez eu não tivesse transmitido o vírus a outros”; “Se eu tivesse sido mais firme com meu familiar idoso, ele não estaria agora lutando contra a doença.”

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