“Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisa que não posso modificar; coragem para modificar aquelas que posso; e sabedoria para conhecer a diferença entre elas. Vivendo um dia de cada vez, desfrutando um momento de cada vez, aceitando que as dificuldades constituem o caminho à paz. Aceitando, como Ele aceitou, este mundo tal como é, e não como eu queria que fosse. Confiando que Ele acertará tudo, contanto que eu me entregue à Sua vontade, para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e supremamente feliz com Ele eternamente na próxima.”
— Reinhold Niebuhr (1892- 1971)
Escrita no século XX por Reinhold Niebuhr, teólogo de tradição reformada, a oração da serenidade tornou-se popular e é fonte de recursos para os grupos de AA (Alcoólicos anônimos) e outras associações que seguem a mesma filosofia de ajuda solidária e escuta empática. Essa singela oração tornou-se parte importante da vida espiritual de milhões de pessoas, proporcionando esperança ativa e resiliência na vida cotidiana.
Vivemos num tempo em que muitas informações relevantes e fake news chegam a nós a cada momento de diversas partes do mundo, e cabe a nós, com serenidade e lucidez, discernir o que é joio ou trigo. Em alguns ambientes, temos visto surgir um certo anti-intelectualismo. Nós, episcopais anglicanos, rejeitamos tal postura e, na boa companhia do teólogo anglicano John Stott (1921-2011), afirmamos: “Crer é também pensar”.
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